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Moro tem idoneidade moral para advogar?

Artigo publicado no Conjur



Em sua obra "O Mal-Estar na Civilização", Sigmund Freud nos brinda com a seguinte frase: "Quanto mais virtuoso o indivíduo, mais severa e desconfiadamente ela (a consciência moral) se comporta" [1].


O apontamento deixa claro que, para o pai da psicanálise, não é possível estabelecer um regramento sólido e estanque para o campo da moral. Tal parece ser a razão pela qual o conhecimento de uma mesma conduta tende a nos causar reações variadas, que vão da indiferença ao mais acentuado horror, a depender da pessoa que a pratica.


A comprovar a natureza líquida das expectativas e exigências morais, basta a consciência de que dificilmente tomamos conhecimento da situação quando nos deparamos com um morador de rua em estado de embriaguez pública, irrelevância essa que certamente seria convertida em escândalo caso o andarilho embriagado fosse pessoa investida no cargo de ministro da Suprema Corte.


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